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23/01/2018 | Mercado ainda espera recuperação
Por thiago.kratz

O Globo online, Gabriel Martins, 18/jan

Embora o preço médio dos aluguéis tenha caído cerca de 8,5% na cidade do Rio de Janeiro, de acordo com dados do Índice FipeZap, o mercado carioca ainda não reagiu efetivamente a essa alteração nos números. Essa é a avaliação de Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio. Segundo ele, as perspectivas são de melhora, mas o início do ano, até o fim do carnaval, é tradicionalmente um período de baixas assinaturas de contrato. Como chamariz para atrair novos locatários, empresas têm oferecido desde a dispensa de reajustes anuais até a primeira mensalidade do aluguel grátis.

O levantamento também revela que, em dezembro de 2017, o número de ofertas de locação registradas no Rio alcançou a quantidade de 27.910 residenciais. A parcela de imóveis que estão à espera de locação - a chamada taxa de vacância residencial - chegou a 14,6% no Rio em novembro de 2017, conforme relatório divulgado pela Apsa. Após meses de altas consecutivas, alcançando o maior patamar em setembro do ano passado com 14,9%, o número atual representa uma estabilidade, já que a taxa de novembro foi igual a de outubro.

Na tentativa de manter os inquilinos nos imóveis já alugados ou de ocupar os que ainda estão vazios, algumas empresas têm feito ofertas e negociações para que os imóveis não fiquem sem uso.

- Já fechamos alguns contratos na cidade em que o primeiro mês de aluguel é oferecido gratuitamente - diz Edilson Parente, vice-presidente comercial da administradora Renascença.

Além de parcela grátis, algumas empresas também oferecem vantagens na hora da renovação de contrato para quem mantém os pagamentos em dia.

- Os locatários que pagam pontualmente ganham descontos no ato da renovação contratual e também ficam isentos de reajustes anuais nos contratos - explica Paulo Sergio Santos, diretor da Holística Gestão Patrimonial.

Schneider relembra que nos últimos três anos a oferta de imóveis residenciais para aluguel cresceu muito, impulsionada por dois fatores: a valorização do preço dos aluguéis e o fato de a cidade ter sediado os jogos olímpicos de 2016. Esses fatores motivaram uma maior entrada de imóveis no mercado.

- Nesse período, o mercado do Rio teve aumento de aproximadamente 400% no número de imóveis para locação. Passamos de um período de valorização para as quedas nos valores tanto por causa do excesso de oferta como por causa da crise financeira no estado, o que afetou o poder de compra e a confiança do consumidor - explica Schneider.

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